Diferentes Tipos de Plantas Epífitas e suas Adaptações


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Expostas ao sol, vento, falta d'água e herbívoros, a vida das plantas está sempre em uma linha tênue entre a vida e a morte. Para conseguirem sobreviver as adversidades, elas possuem as mais diversas adaptações, e eu vou apresentar alguma delas aqui pra vocês 
Foto feita por mim, durante visita ao Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCAN)
Caldas Novas, Goiás, Brasil

Com base no livro do pesquisador Raunkier (o livro se chama 
The life forms of the plants and statistical geography), e no livro do pesquisador David H. Benzing (Vascular Epiphytes General Biology and Related Biota) nós podemos classificar as plantas epífitas de duas maneiras diferentes. A primeira maneira é conforme a dependência que a epífita tem da árvore (se ela consegue viver a vida inteira em cima dela), e a segunda maneira é com base em quanto tempo a epífita consegue resistir a ficar sem água (mais resistente ou menos resistente a desidratação)


#1º - Primeira Maneira - Grau de dependência da árvore
Todas as plantas epífitas vivem em cima de outras plantas (geralmente árvores), mas entre as epífitas, existem aquelas que conseguem viver tranquilamente em cima da árvore, e existem aquelas que não conseguem viver tão bem tendo só a árvore como apoio.
As plantas epífitas que conseguem viver tranquilamente em cima da árvore são chamadas Holoepífitas.
Bromélia-guzmânia (Guzmania sp), na Serra do Mar, Brasil


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Chifre-de-Veado (Platycerium holttumii) durante a estação seca, Kaeng Krachan NP, Tailândia


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Samambaia das Palmeiras (também conhecida como Samambaia dos Coqueiros, Samambaia Amazonas ou Samambaia Dourada), Phlebodium aureum. 
Fotos feitas por mim na Universidade Federal de Goiás (UFG), Campus Samambaia, Goiânia, Goiás, Brasil.

As Holoepífitas são plantas que não tem nenhum contato com o solo em nenhum momento de suas vidas, passam a vida INTEIRA em cima da árvore, desde o seu nascimento até a sua morte.

As Bromélias e as Samambaias são as Holoepífitas mais comuns que conseguimos encontrar nas florestas, e elas podem ser encontradas nos mais variados tamanhos possíveis, das diminutas com apenas alguns centímetros de comprimento, as gigantes, como essa Samambaia das Palmeiras (Phlebodium aureum), com folhas que podem chegar até 1 metro e meio de comprimento.

Essas plantas tem um início de vida muito complicado. Elas precisam encontrar um jeito de obter água, nutrientes e luz solar estando a vários e vários metros de distância a cima do solo. Imagina o quanto é difícil para uma planta que acabou de germinar sobreviver a essas condições?
Muda de Cacto Macarrão (Rhipsalis cf. teres), germinada em um tronco, Rio de Janeiro, Brasil
Para a semente germinar, ela precisa de água, e para crescer ela precisa de nutrientes, mas é muito difícil dela conseguir isso estando em cima de uma árvore. Ela só vai conseguir água se chover, e SE ela tiver a sorte de chover (por isso ela precisa resistir muito bem a falta de água – geralmente essas plantas fazem isso armazenando água em suas folhas/caules ou mesmo chegam a ficar completamente dormentes por toda a estação seca, só voltando a ficar ativas quando as chuvas voltam), e ela precisa ter a sorte de cair em um local onde tenha quantidades de nutrientes suficientes para ela conseguir se sustentar (geralmente os nutrientes são levados pelo vento, em forma de poeira, e ficam presos nas raízes da planta ou do galho onde ela está, e são absorvidos pelas raízes quando eles entram em contato com água – as raízes só absorvem os nutrientes se estes estiverem misturados com água, nutrientes secos não são absorvidos). Como é muito difícil de obter nutrientes estando em cima de uma árvore, as plantas acabam não crescendo muito, então é por isso que as plantas epífitas crescem de maneira tão devagar e ficam tão pequenas (menos nutrientes = menos crescimento = planta pequena).
Tillandsia (também conhecidas como Plantas do Ar) é gênero da família das Bromélias. Esse gênero tem plantas tão pequenas que cabem até na palma da mão
Fonte
Com toda essa dificuldade de encontrar água e nutrientes na medida certa, acaba que leva vários e vários anos para as plantas epífitas crescerem adequadamente. Quando elas estão plantadas em meio natural (isto é, estão em uma árvore e não em um vaso) elas passam a estar expostas a todos os tipos de eventos possíveis e inimagináveis, como ventos fortes, fogo, seca, doenças, herbivoria, queda repentina da árvore, etc, e isso faz com que apenas algumas poucas plantas consigam chegar a fase adulta. Como só algumas plantas conseguem chegar a fase adulta, isso significa que apenas algumas poucas plantas é que vão conseguir se reproduzir de fato (produzir um fruto e gerar sementes demanda muita energia, é muito difícil de fazer isso – por esse motivo, é muito difícil para as plantas adultas se reproduzirem todos os anos).




Fruto da Orquídea Sumaré (Cyrtopodium eugenii).
Fotos feitas por mim durante visita ao Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCAN), Caldas Novas, Goiás, Brasil. 
Para reproduzir, a planta precisa atrair agentes polinizadores (por exemplo, abelhas) para receber o pólen de outra planta (e assim produzir um fruto) e levar o seu próprio pólen para outras plantas. Como ela faz isso? Geralmente ela disponibiliza em suas flores algum atrativo para o seu agente polinizador (pode ser néctar, óleo floral comestível, ou até mesmo o próprio pólen – no caso das abelhas, que fazem a própolis e o mel). PORÉM, produzir esses atrativos tem um custo muito alto (principalmente quando você NÃO TEM água e nem nutrientes a sua disposição), então o que fazer? 

No caso da Orquídea Sumaré, nada. Essa planta não produz nenhuma substância atrativa, ao em vez disso ela ENGANA o seu agente polinizador, fazendo ele transportar o seu precioso pólen sem ganhar nada em troca. Como ela faz isso?

Na mesma área onde ocorre a Orquídea Sumaré, existe uma outra planta que se reproduz na mesma época. Essa planta se chama Tetrapterys ramiflora, e ela é da família das Malpighiaceas (mesma família da Acerola, do Murici e do Lanterneiro). Ao contrário da Orquídea Sumaré, essa outra planta produz atrativos em suas flores para atrair agentes polinizadores (que nesse caso são abelhas atraídas por óleos comestíveis produzidos por ela), e é ai que mora o “pulo do gato”. 

A flor da Orquídea Sumaré mimetiza (isto é, imita) a flor da Tetrapterys ramiflora, e com isso ela passa a receber a visita das abelhas mesmo não oferecendo absolutamente NADA em troca (falando em bom português, a orquídea faz a abelha de otária).
Flor da Tetrapterys ramiflora
Foto feita por mim durante visita ao Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCAN), Caldas Novas, Goiás, Brasil

Flor da Orquídea Sumaré (Cyrtopodium eugenii). O labelo amarelo (que é uma pétala modificada da flor das orquídeas) mimetiza a flor de Tetrapterys ramiflora, que também é amarela. Reparem o pólen da orquídea grudado na cabeça da abelha
Fotos do Professor Dr. Climbiê Ferreira Hall, da UFG, retiradas da sua dissertação intitulada “Orchidaceae do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, Goiás, Brasil

A abelha Centris (Trachina) fuscata aparentemente é a única abelha responsável por polinizar as flores da Orquídea Sumaré (Cyrtopodium eugenii) no PESCAN. Essa abelha gosta de coletar óleos florais comestíveis da planta Tetrapterys ramiflora
Além desse mecanismo de enganar as abelhas, essa orquídea tem uma outra tática para garantir que a sua floração não vai ser uma total perda de energia. Ela floresce no meio da estação seca em Goiás (Junho, Julho, Agosto), e ela faz isso para aumentar as chances de suas flores serem polinizadas (entre as 12 espécies de orquídeas do parque, é a única que faz isso). Como são uma das poucas plantas que florescem nessa época, as chances de uma abelha coletar o pólen da orquídea, e levar DIRETO para uma OUTRA orquídea, são muito maiores (fazendo isso o pólen precioso não se perde no meio do caminho).  
 Essa dificuldade de reprodução somada a alta mortalidade das sementes e mudas (a maioria das sementes acaba germinando em um local pouco apropriado, o que acaba levando a morte das mudas, ou até mesmo elas nem germinam) acaba fazendo com que as populações (isto é, a quantidade/número de plantas) de plantas epífitas sejam absurdamente baixas na natureza (a quantidade de plantas é pequena, e elas estão muito distantes uma das outras). É por isso que é tão difícil de encontrar essas plantas quando você está em caminhando por uma floresta. Aqui em Goiás, devido ao fato de termos uma estação seca muito prolongada (além da baixa umidade do ar – clima típico de Savanas), é ainda mais difícil de achar essas plantas.

Agora voltando ao nosso assunto principal. Já as plantas que não conseguem viver tranquilamente em cima das árvores são chamadas de Hemiepífitas 


Imbé (Philodendron acutatum ou Philodendron appendiculatum) subindo pelas paredes do Instituto de Ciências Biológicas (ICB)
Fotos feitas por mim na Universidade Federal de Goiás (UFG), Campus Samambaia, Goiânia, Goiás, Brasil.



Jiboia (Epipremnum pinnatum) subindo pelas paredes da faculdade de História
Fotos feitas por mim na Universidade Federal de Goiás (UFG), Campus Samambaia, Goiânia, Goiás, Brasil
Raízes de Philodendron bipinnatifidum no tronco de árvore, São Paulo, Brasil

As Hemiepífitas são plantas que, em pelo menos algum período de sua vida, estão conectadas ao solo para obter água e nutrientes (ou seja, em algum momento da vida delas elas precisam recorrer a água e os nutrientes que estão no chão, iguais as outras plantas terrestres).
Existem 2 tipos de Hemiepífitas, as Hemiepífitas Primárias e as Secundárias

🌿Primárias🌿

As Hemiepífitas Primárias, desde o momento em que nascem, vivem como se fossem uma Holoepífita comum (capturam água e nutrientes em cima da árvore onde estão), só que em determinado momento das suas vidas (quando vão ficando mais velhas) elas passam a emitir raízes que vão em direção ao solo, e passam a receber água e nutrientes como se fossem uma planta terrestre (o caule e as folhas da planta estão em cima da árvore, mas suas raízes estão lá no chão).
Figueira (Ficus sp) no tronco de uma palmeira, Monument Lake NP Campground, Flórida, Estados Unidos.
Foto tirada por
 Joyce & Mike Hendrix
As figueiras são as Hemiepífitas Primárias mais conhecidas. As espécies que conseguem crescer como epífitas são chamadas popularmente de Figueiras Estranguladoras ou Figueira Mata Pau. Esses nomes (com uma conotação claramente negativa) foram colocados nas plantas porque eles descrevem de maneira bem simples o que é que acontece com uma árvore (azarada) quando uma figueira germina em cima delas.
As figueiras pertencem a família Moraceae (essa é família da Jaca, da Amora, da Mama Cadela, etc), e essa família tem característica bem especial, que é a produção extensiva de Xilema. Xilema é um tipo de tecido vegetal (assim como os animais produzem tecidos – como por exemplo, o tecido muscular – as plantas também produzem tecidos), e é ele que é o responsável por formar o que conhecemos popularmente como Madeira (ou lenho). A madeira funciona de uma maneira parecida com os nossos ossos, serve para sustentar a planta em pé. Quanto mais madeira a planta produz, mais alta e mais grossa ela fica, e é ai que mora o “problema” com relação as figueiras.
Essa foto foi retirada do blog do Prof. Djalma Santos, que tem uma publicação muito boa falando a respeito dos diferentes tipos de tecidos vegetais. 
Como as figueiras produzem MUITO xilema (ou seja, produzem muita madeira), isso significa que essas plantas crescem muito (essas plantas podem chegar aos 20 metros de altura, mas algumas espécies podem passar facilmente dos 40 metros e ter mais de 30 metros de copa), e COMO uma planta com todo esse tamanho pode viver em cima de uma árvore? Simplesmente não dá, seria uma árvore tentando viver em cima de outra árvore.
O que acontece é que, enquanto a figueira viver como uma planta Holoepífita (sem ter contato nenhum com o chão), nada de mal acontecerá com a árvore que ela usa como suporte (o nome correto dessa árvore que está sendo usada como suporte é Forófito). Se as raízes da figueira NUNCA chegarem ao solo, a árvore suporte não vai precisar se preocupar. O grande problema é quando as raízes da figueira conseguem entram em contato com o solo, aí tudo muda. A figueira passa a ter acesso a água e nutrientes de maneira mais abundante e constante, e com isso o seu crescimento dispara descontroladamente (ela passa a emitir muito mais folhas, caule e raízes do que de costume). Como ela produz muita madeira, o caule e as raízes da figueira passam a ficar cada vez mais grossos com o passar da idade, e com o passar dos anos acaba que a árvore que serve como suporte passa a ser literalmente estrangulada pela figueira. Quando o caule da árvore começa a ser apertado pela figueira, a água e os nutrientes absorvidos pela raiz não conseguem chegar direito as folhas, então pouco a pouco elas vão morrendo e deixando de fazer fotossíntese. Quando a árvore passa a fazer menos fotossíntese, ela acaba tendo menos energia disponível para sustentar as outras partes do seu corpo (caule e raízes), então ela para de crescer. Quando o estrangulamento está em um nível muito avançado, a árvore suporte para de fazer fotossíntese, e não consegue mais mandar energia para as outras partes do seu corpo, então acaba que os tecidos da raiz morrem, e com isso a árvore não consegue mais absorver água ou nutrientes, e assim a árvore entra em completo colapso e morre. 
Todo esse sofrimento (que chega a ser agoniante) pode se arrastar por várias e várias décadas, e quando ele terminar, a figueira já terá um tamanho tão grande que vai passar a ocupar totalmente o lugar da árvore que um dia foi o seu suporte. 
Raizes de Clusia sp em volta da árvore morta, Serra dos Órgãos, Brasil

Raízes de Figueira Asiática (Ficus microcarpa), Hong Kong, China
Fotos de PatrickBlanc’s (Copyright Pascal Heni)

Ficus altissima formando uma catedral de raízes. Reserva Natural Tangkoko, Ilha Celebes do Norte, Indonésia

Figueira Branca (Ficus gomelleira)

Imagem ilustrativa de todo o processo
Fonte

🌿Secundárias🌿

As Hemiepífitas Secundárias, ao contrário das primárias, nascem no solo como plantas terrestres (ou seja, germinam no solo como uma planta comum), mas em determinado momento de suas vidas (quando vão ficando mais velhas) o caule dessas plantas passa a querer subir em cima de uma árvore, e na medida que vão crescendo elas passam a emitir raízes sobre ela (soltam raízes principalmente pra se fixar ao tronco da árvore, mas essas raízes também podem servir para absorver água e nutrientes se for possível – por exemplo quando as raízes entram em um fenda/buraco/bolsão na árvore que possuem matéria orgânica em decomposição ). Ou seja, a planta possui caule e raízes conectadas ao solo (como uma planta terrestre) mas também possui folhas, caule e raízes conectadas a árvore (como uma planta epífita).
Philodendron bipinnatifidum, Curitiba, Brasil


Cacto Epífito Hylocereus setaceus, Inhotim, Minas Gerais



Cacto Sianinha ou Zig-Zag (Selenicereus anthonyanus), Goiânia, Goiás, Brasil
Fotos feitas por mim em minha casa
Essa é a principal diferença entre as plantas Epífitas e as plantas Trepadeiras. As trepadeiras dependem UNICAMENTE do solo para obter água e nutrientes (elas se agarram as árvores com outras estruturas que não são raízes), já as epífitas (no caso específico, as Hemiepífitas secundárias) conseguem obter água e nutrientes do solo OU da árvore que elas usam como suporte.
Pode acontecer da Hemiepífita secundária perder a conexão que ela tem como o solo (apodrecimento do caule e raízes por exemplo) e passar a ter o caule e as raízes apenas em cima da árvore que ela usa como suporte. Se isso acontecer, e a planta NÃO emitir novas raízes em direção ao solo, ela passa a ser considera como uma planta Holoepífita comum, mas se isso acontecer, e ela EMITIR raízes para se conectar com o solo novamente, ela passa a ser considerada novamente como uma planta Hemiepífita Secundária.

#2º - Segunda Maneira - Grau de resistência a desidratação
Agora vamos falar da outra forma de classificação das plantas epífitas, que é com base na resistência a falta da água (na verdade todas as outras plantas podem ser classificadas dessa maneira também, mas vou dar exemplos só de plantas epífitas, está bem?). Nessa classificação, as epífitas passam a ser divididas em duas categorias, as das plantas Poiquilohídricas e a das plantas Homoídricas
Tillandsia (Tillandsia xiphioides var. xiphioides) em cacto na Província de La Rioja, Argentina 
Foto tirada por 
Zoya Akulova 2007

☀Poiquilohídricas

As plantas Poiquilohídricas são plantas que NÃO possuem a capacidade de regular o conteúdo de água do próprio corpo (ou seja, as plantas não conseguem manter SOZINHAS o conteúdo de água de suas folhas, caule e raízes). Isso significa que as plantas só se mantem hidratadas (ou seja, com água dentro de suas folhas, caules, raízes) se estiverem vivendo em um ambiente com umidade ao redor delas, se o ambiente não tiver umidade ao redor (ou seja, se ele secar) as plantas simplesmente secam também (é por isso que essas plantas só conseguem viver em ambientes úmidos, como florestas). O fato dessas plantas secarem não significa que elas estão mortas, pelo contrário, quando elas começam a secar, elas entram meio que em um estado de dormência, e ficam assim até que o ambiente ao redor delas volte a ficar úmido novamente (elas podem ficar desse jeito por várias e várias décadas). Essas plantas que conseguem fazer isso são chamadas popularmente de “Plantas da Ressureição”, porque quando elas estão nesse período de dormência, elas ficam com uma aparência de mortas (ficam enrugadas, quebradiças e perdem a cor verde), mas assim que são molhadas (reidratadas) elas passam a ficar verdes novamente, como se tivessem “voltado a vida”. 

As plantas Poiquilohídricas conseguem se manter vivas mesmo depois de perder mais de 76 % de água do seu interior (elas realmente ficam BEM secas). As plantas que não são Poiquilohídricas (ou seja, as plantas Homohídricas) simplesmente morreriam se perdessem algo entorno de 12 % água.
Samambaia da Ressurreição (Polypodium polypodioides) na estação das chuvas
Fonte

Samambaia da Ressureição (Polypodium polypodioides) na estação da seca
O melhor exemplo de plantas epífitas Poiquilohídricas são as Samambaias da Ressurreição (Polypodium polypodioides). Essas plantas costumam habitar grandes árvores antigas, com a casca estando bem rugosa e já coberta de musgos e líquens. Quando a umidade ao redor começa a diminuir, as plantas rapidamente começam a se enrolar, mas ao menor sinal da sua volta, as folhas se abrem novamente em questão de poucas horas.

Samambaia da Ressurreição (Polypodium polypodioides) plantada em um pé de Alfavacão (Ocimum gratissimum), Goiânia, Goiás, Brasil
Fotos feitas por mim em minha casa
Mesmo aqui no Cerrado, onde a umidade do ar é muito baixa, essa planta consegue crescer (lentamente, mas consegue, já que ela só fica plenamente ativa na estação das chuvas). Essa planta gosta de sombra e de estar com seu rizoma e raízes em uma superfície ligeiramente úmida (se o rizoma e raízes ficarem secos, as folhas também secam, mas se o rizoma estiver úmido, a planta continua com as folhas verdes, independentemente da umidade do ar). Essa muda eu retirei de um exemplar enorme que está no Campus Samambaia, na UFG, Goiânia, Goiás, Brasil. 

Homohídricas

Já as plantas Homohídricas, ao contrário das Poiquilohídricas, possuem a capacidade de regular SOZINHAS o conteúdo de água do próprio corpo, ou seja, as plantas não dependem TOTALMENTE do ambiente aonde estão para se manterem hidratadas (elas conseguem armazenar a água e diminuir ao máximo perca dela, se mantendo assim hidratadas por muito tempo). Isso significa que as plantas se mantem hidratadas mesmo se estiverem vivendo em ambientes muito secos (como desertos). 
Porém, apesar das plantas Homohídricas conseguirem regular SOZINHAS o conteúdo de água do próprio corpo, existem aquelas plantas que conseguem regular mais o conteúdo de água (e assim podem viver em ambientes mais secos), e existem aquelas plantas que conseguem regular menos (e assim só podem viver em ambientes mais úmidos). As plantas que conseguem regular mais são chamadas de Xerófitas, e as plantas que conseguem regular menos são chamadas de Hidrófitas. E o meio termo entre elas é chamado de Mesófitas. 
As plantas Xerófitas vivem em ambientes onde a disponibilidade de água é muito limitada. São lugares onde a chuva cai de maneira muito irregular, geralmente em espaços curtos de tempo e em poucas quantidades ao longo do ano. Os desertos são ambientes onde podemos encontrar plantas Xerófitas.
Ilha Santa Catalina, Baixa Califórnia, México
Foto tirada por Glenn McCrea (© 2015Glenn)
Já as plantas Hidrófitas vivem em ambientes onde disponibilidade de água é muito alta. São lugares onde a água está presente 24 h por dia, durante a maior parte do ano. Os melhores lugares para se encontrar plantas hidrófitas são em lagos e rios (seja na beira da água, dentro da água ou na superfície da água).
Aquário Natural, Bonito, Mato Grosso do Sul, Brasil
Foto tirada por Ana Paula Bernardo
Já as plantas Mesófitas vivem em ambientes onde a disponibilidade de água é bem constante. São lugares onde a chuva cai de maneira muito regular, e em grandes quantidades ao longo do ano. A maioria das plantas do nosso planeta são mesófitas, e a maioria das espécies nós podemos encontrar vivendo nas florestas.
Fonte
As plantas Xerófitas e Mesófitas (com relação as mesófitas, principalmente aquelas de florestas mais secas, como aquelas encontradas no Cerrado) são as plantas que mais possuem estratégias para evitar a desidratação, e por conta disso elas acabaram adquirindo (ao longo de milhões de anos de evolução) vários mecanismos para conservar a água.

 Um mecanismo muito comum é fazer estoques de água. 



Orquídea Sumaré (Cyrtopodium eugenii). Fotos feitas por mim durante visita ao Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCAN), Caldas Novas, Goiás, Brasil
Essa é uma orquídea rupícola (quando uma planta vivem em rocha nua, ele é chamada de rupícola ou rupestre), e diferente das orquídeas epífitas, as orquídeas rupícolas não tem a proteção da copa das árvores, e por isso elas passam o dia todo no sol quente (essas plantas literalmente QUEIMAM, porque a temperatura da rocha a onde elas ficam é muito alta durante o dia). Toda essa exposição torna a planta ainda mais susceptível a desidratação, e por isso ela estoca o máximo de água que consegue em seus pseudobulbos.






A maioria das Orquídeas Sumaré que eu encontrei estavam em lugares como esses, que é a parte que corresponde ao Cerrado Rupestre do PESCAN. Ao fundo, perto da linha do horizonte, podemos ver a cidade de Caldas Novas 
Um outro mecanismo para evitar a perca de água é simplesmente diminuir ou não ter estruturas que naturalmente perdem muita água (é como fazer economia com dinheiro, pra você economizar dinheiro você precisa cortar tudo aquilo que gera gastos, com as plantas funciona do mesmo jeito).
O mecanismo da fotossíntese é um dos principais responsáveis por levar a planta a perder água. Para a planta fazer fotossíntese, ela precisa absorver o CO2 que está na atmosfera, não é mesmo? Você se lembra de que maneira ela faz isso?
Ela faz isso abrindo os seus estômatos, que são estruturas iguais a janelas (abrem e fecham) e existem centenas delas em uma única folha. É através desses pequenos buraquinhos que o CO2 entra para dentro da folha para participar do processo da fotossíntese. Só que tem um porém nisso tudo. 
Imagem ilustrativa de uma folha, mostrando o estômato no lado de baixo da folha

Quando a planta abre os seus estômatos para a passagem do CO2 (para ele entrar dentro da folha), acaba que, inevitavelmente, a água que está DENTRO da folha simplesmente acaba SAINDO para o lado de fora (ela sai na forma de vapor). Ou seja, se a folha abrir os seus estômatos para a entrada do CO2, a água vai acabar saindo (escapando), e assim ela vai acabar ficando desidratada. 

As folhas (que são as principais responsáveis por fazer a fotossíntese) são as partes da planta que mais perdem água. Imagine as folhas como se fossem roupas molhadas estendias em um varal, está bem?
Fonte
O que acontece quando você estende a roupa em um dia de sol forte e muito vento? A roupa seca rapidamente, não é? A mesma coisa acontece com as folhas. As folhas são estruturas muito delicadas e que ficam muito expostas ao ambiente, e o vento e o sol, por incrível que pareça, são agentes que são capazes de prejudicar muito as folhas. O vento age levando o vapor de água embora (é como se ele sugasse o vapor de água que sai das folhas) e o sol age de duas maneiras diferentes, e eu vou tentar explicar da maneira mais simplificada que consigo. 
A primeira maneira de como o sol age prejudicando as folhas é através da PRÓPRIA fotossíntese (sim, por incrível que pareça). Se a planta receber luz de mais (e com luz de mais, me refiro aquela radiação insuportável do 12:00), ela acaba fazendo muita fotossíntese, e quando ela faz muita fotossíntese, ela acaba gerando muitas substâncias prejudiciais dentro dela mesma (tudo de mais faz mal, lembra?). Se essas substâncias ficarem muito tempo acumuladas dentro da folha, elas podem acabar queimando a planta inteira (sabe quando você pega aquela planta que está na sombra e coloca no sol, e ela acaba ficando queimada? É por conta dessa produção de sustâncias prejudiciais em excesso – elas são chamadas de Espécies Reativas de Oxigênio).
Exemplo do que o excesso de luz pode causar nas folhas do Abacate (Persea americana). Fotos feitas por mim no meu quintal, Goiânia, Goiás, Brasil
Essas aqui são as folhas de um pé de Abacate. Elas estavam crescendo sobre a sombra de um pé de Jacarandá (ou seja, elas recebiam pouca luz, não tinham proteção para receber muita luz). Só que infelizmente o pé de Jacarandá acabou caindo, e as folhas do pé de Abacate acabaram ficando muito expostas a luz (e com mais luz, ele acabou fazendo muita fotossíntese). Como resultado do excesso de luz repentino, a planta começou a gerar muitas substâncias prejudiciais em um curto espaço de tempo, de uma vez só, e isso acabou queimando a folha completamente. Para as folhas ficarem expostas ao sol, elas precisam receber algum tipo de proteção da planta (é como se elas precisassem de algum tipo de protetor solar, literalmente). 
É por isso que a maioria das plantas que vivem em climas mais quentes simplesmente NÃO FAZEM FOTOSSÍNTESE O TEMPO TODO. Elas fazem fotossíntese sempre nas horas mais frescas do dia, começando as 07:00 e indo até as 10:00 da manhã, fazendo uma pausa durante a tarde (11:00 as 15:00), e retornando no final do dia (16:00 as 1800). Se elas fizessem fotossíntese durante o dia todo elas simplesmente MORRERIAM.
Cerrado Sentido Restrito. Fotos feitas por mim no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCAN), Caldas Novas, Goiás, Brasil 
Eu tirei essas fotos antes das 10:00 da manhã, e o sol já estava simplesmente INSUPORTÁVEL (só de olhar pra essa imagem eu já me lembro do calor que estava fazendo na hora). Imagine ficar o dia todo de baixo desse sol sem nenhum tipo de proteção? É simplesmente impossível. Em dias de céu azul e sol de rachar, essas plantas só conseguem fazer fotossíntese nas primeiras horinhas da manhã e no finalzinho da tarde e olhe lá. 

Já a segunda maneira de agir é através do aumento da temperatura provocado pela radiação solar (a água que está dentro da folha começa a esquentar, e se ela esquentar de mais ela começa a evaporar mais rapidamente). 

Resumindo tudo o que eu falei: o vento e o sol fazem as folhas secarem rapidamente, então para evitar a perda de água excessiva, as plantas protegem as folhas de várias maneiras diferentes. 

A primeira maneira de proteger as folhas da desidratação (o que significa querer proteger as folhas do sol e do vento), é uma medida muito simples. Para não perder água através dos seus estômatos, as plantas simplesmente FECHAM os seus estômatos durante o dia. Com os estômatos fechados, não há luz e nem vento que consigam tirar a água de dentro da folha. Essa é uma medida adotada por quase todas as plantas que vivem em ambientes muito secos (plantas suculentas, orquídeas, cactos, quase todas essas plantas fazem isso).
Cacto Dama da Noite (Epiphyllum oxypetalum). É durante a noite que essas plantas de climas secos estão realmente ativas
Só que esse tipo de medida tem um problema. Se os estômatos estão fechados durante o dia, o CO2 não entra pra dentro da folha, e se o CO2 não entra pra dentro da folha, a planta não faz fotossíntese, e se elas não fazerem fotossíntese, elas morrem. Então, o que elas fazem nessa situação?

Mais uma vez, a medida adotada para contornar essa situação é muito simples. As plantas simplesmente passam a abrir os seus estômatos SOMENTE DURANTE A NOITE, que é quando a temperatura está bem mais fresca, e o risco de perder água pelas folhas é bem menor. Elas abrem os seus estômatos, e absorvem o MÁXIMO de CO2 que elas conseguem. Depois de ter feito isso, elas deixam o CO2 armazenado dentro das suas folhas até o dia seguinte. 

Quando o dia começa a clarear (lembre-se, a fotossíntese só pode ser feita na presença de LUZ, mas não luz em excesso, como eu já expliquei anteriormente), as plantas não precisam ficar preocupadas em abrir os seus estômatos, como elas já tem CO2 que foi armazenado na noite anterior, elas podem fazer a fotossíntese tranquilamente com seus estômatos fechados. Fazendo isso elas não correm o risco de perder água que está dentro das suas folhas. 

Esse mecanismo que as plantas têm de fechar os estômatos durante o dia e absorver o CO2 somente durante a noite é chamado de Metabolismo Ácido das Crassuláceas (Crassulaceae é família da Flor da Fortuna e da Mãe de Mil, o nome foi dado a essa família como uma homenagem, porque essa estratégia foi descoberta primeiramente nessa família).
Flor da Fortuna (Kalanchoe blossfeldiana)
Esse é o mecanismo de conservar água mais eficiente que uma planta pode usar, só que infelizmente ele tem um porém (parece que tudo na vida tem um porém, é incrível).
A quantidade de CO2 que a planta consegue armazenar é limitada (porque o espaço dentro da folha é limitado), o que significa dizer que a planta não consegue juntar quantidades grandes o suficiente de CO2 para fazer fotossíntese durante o dia de maneira satisfatória. Ou seja, isso significa dizer que as plantas que utilizam esse método para conservar água não conseguem fazer muita fotossíntese durante o dia (elas fazem fotossíntese de pouquinho em pouquinho), e como elas não conseguem fazer muita fotossíntese, isso significa que elas crescem MUITOOOOO DEVAGAR em comparação com as outras plantas que abrem os seus estômatos durante o dia. É por isso que Orquídeas, Cactos e Suculentas são plantas que crescem tão lentamente (e por isso exigem tanta paciência). Bom, mas agora vamos voltar a falar das outras estratégias que são usadas pelas plantas para evitar a desidratação.
Algumas plantas, pra evitar um aumento de temperatura excessivo nas suas folhas, recobrem a superfície delas com uma camada grossa de Cutícula. A Cutícula é como uma espécie de cera impermeabilizante, que evita com que a folha perca água pela ação do sol (se a folha não esquenta, a água não esquenta, e se ela não esquenta, ela não evapora).

Folha da Orquídea Baunilha (Vanilla planifolia). Fotos feitas por mim no meu quintal, Goiânia, Goiás, Brasil
As duas fotos são da mesma folha, mas reparem que na segunda imagem a folha adquire um aspecto meio que reflexivo, consegue ver? Esse reflexo é causado pela Cutícula, que é capaz de refletir o excesso de luz.
Imagem ilustrativa dos diferentes tipos de tecido que estão presentes em uma folha. A cutícula é produzida pela epiderme da folha
Essa foto foi retirada do
 blog do Prof. Djalma Santos, que tem uma publicação muito boa falando a respeito dos diferentes tipos de tecidos vegetais

Já outras espécies mais específicas preferem cobrir a superfície das suas folhas com Escamas Protetoras (os chamados Tricomas Peltados).
Foto de Tillandsia (Tillandsia tectorum) com suas escamas BEM evidentes
Fonte
As plantas mais conhecidas por usar essa estratégia são as bromélias do gênero Tillandsia (que são conhecidas popularmente como Plantas do Ar ou Cravo do Mato). Junto com os cactos, essas plantas são os vegetais mais especializados em viver em ambientes áridos (árido pode ser sinônimo de ambiente Xérico).
Essas escamas que recobrem as folhas das Tillandsias são incríveis. Elas são usadas de maneira espetacular por essas plantas para obter água, nutrientes e refletir o excesso de radiação solar. As raízes das Tillandsias são usadas unicamente para prender a planta no suporte a onde ela está (a raiz não consegue absorver nada), então para se manter hidratada e nutrida, a planta só pode contar com as suas escamas. 
O mecanismo de absorção feito pelas escamas é um BEEEEEEM complexo, então eu vou simplificar ele ao MÁXIMO que eu consigo, tudo bem? 

Então gente, explicação do mecanismo de absorção acabou ficando MUITO grande, e devido a sua importância, resolvi fazer uma publicação especial só pra ela. Basta clicar no link aqui visualiza-la "Como as Tillandsias conseguem absorver água pelas folhas ?"

Bom, então continuando o nosso assunto sobre as estratégias para evitar a desidratação ...

Já outras plantas param de produzir as folhas na época mais seca do ano e ficam completamente dormentes 
Orquídea Sumaré (Cyrtopodium eugenii). Fotos feitas por mim durante visita ao Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCAN), Caldas Novas, Goiás, Brasil

Essa orquídea só possui folhas durante a época das chuvas. Eu tirei essas fotos em 24 de abril de 2018, ainda estava um pouco longe para a chegada da seca aqui em Goiás, mas o ano de 2018 foi simplesmente HORRÍVEL no quesito chuvas (praticamente não choveu, então as plantas devem ter entrado em dormência mais cedo nesse ano). 

Algumas, ao em vez de ficar criando mecanismos para proteger as folhas da perda de água excessiva, simplesmente pararam de produzir folhas e passaram a fazer a fotossíntese exclusivamente em outros locais que perdem menos água (que no caso dos cactos, é o caule). 

Com certeza os cactos devem ser as plantas mais conhecidas por adotar essa estratégia
Cacto Macarrão (Rhipsalis baccifera), Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro, Brasil


Cacto Hylocereus undatus

Cacto Hylocereus costaricensis

Cacto Flor do Baile (Epiphyllum pyllanthus), Manaus, Amazonas, Brasil
Fotos de Patrick Blanc’s(CopyrightPascal Heni)

Samambaia Whisk Fern (Psilotum nudum)
Fonte
Essa aqui já não é um Cacto, é uma espécie de samambaia MUITO primitiva (é praticamente um fóssil vivo, porque as primeiras plantas vasculares que surgiram no planeta tinham essa mesma aparência) conhecida como Whisk Fern (Psilotum nudum). Assim como os cactos do gênero Rhipsalis, essas samambaias também não têm folhas, é o caule que fica responsável por fazer a fotossíntese (por isso ela consegue viver em lugares mais secos, como aqui em Goiânia, Goiás, Brasil). Além de não ter folhas, incrivelmente elas também não têm raízes (de tão primitivas que são – porque as primeiras plantas vasculares também não tinham raiz e nem folhas). O rizoma dessas samambaias está conectado diretamente a fungos especiais que absorvem água e nutrientes, e esses fungos passam a água e os nutrientes para a samambaia, que em troca sede ao fungo energia oriunda da fotossíntese que ela fez a partir do caule.

Imagem retirada do livro Biologia Vegetal 8º Edição - Peter H. Raven

É por isso que é muito difícil fazer mudas dessas samambaias, porque a partir do momento que você retira ela da árvore onde ela está, você precisa levar também os fungos que são responsáveis por hidratar e nutrir a planta, se isso não acontecer, a planta inevitavelmente vai acabar morrendo.  

Orquídea Fantasma (Dendrophylax lindenii)
Fonte
Essa aqui é a Orquídea Fantasma (Dendrophylax lindenii), nativa da Flórida, Estados Unidos, e ela foi além no quesito economia de água. A planta praticamente não produz folhas ou caules, a planta faz fotossíntese basicamente pelas suas RAÍZES.

Flor da Orquídea Fantasma (Dendrophylax lindenii), Flórida, Estados Unidos
Foto tirada por Mick Fournier 
Bom, acho que consegui passar pra vocês um pouco do conhecimento que existe a respeito dos diferentes tipos de plantas epífitas (além das suas diversas peculiaridades). Espero que tenham gostado da leitura :)

Referências


Comentários

  1. Que material incrível!! Super didático, parabéns!!

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    1. Muito obrigado Rafael, fico feliz por ter gostado :)

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  2. Respostas
    1. Acho que isso significa que você gostou, né ? kkk Se for, obrigado :)

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  3. excelente essa postagem, muito feliz desse tipo de trabalho existir gratuitamente por aqui, muito obrigada!!! vou ficar como seguidora do blog, com certeza!

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    1. Muito obrigado jovem :) fico imensamente feliz por você ter gostado da publicação e por se tornar uma seguidora do meu blog, seja bem vinda <3

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  4. PARABÉNS LINDAS FOTOS E DETALHES DAS ESPÉCIES

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