Onde as Plantas Crescem - Neossolos
Perfil de um Neossolo Litólico Cascavel, Paraná, Brasil Foto de Gustavo Ribas Curcio |
Origem do Nome
O nome vem do Grego “Néos”, que significa “Novo”, “Moderno”, em referência ao fato desses solos serem bem jovens, estão no início de sua formação. Por serem solos jovens, nenhum deles tem o Horizonte B.
Formação (Origem Pedogênica)
Os Neossolos são formados por processos de Agradação ou Cumulização, que ocorre quando os sedimentos (que chegam transportados pela água, vento, etc.) são depositados em determinada superfície.
Os Neossolos são formados por processos de Agradação ou Cumulização, que ocorre quando os sedimentos (que chegam transportados pela água, vento, etc.) são depositados em determinada superfície.
Origem Geológica
O Neossolo Quartzarênico é originado de sedimentos arenosos, areno-quartzosos ou areno-ferruginosos (isto é, minerais ricos em ferro) intercalados com Rochas Carbonáticas (como o Calcário).
O Neossolo Quartzarênico é originado de sedimentos arenosos, areno-quartzosos ou areno-ferruginosos (isto é, minerais ricos em ferro) intercalados com Rochas Carbonáticas (como o Calcário).
O Neossolo Flúvico é originado de sedimentos argilosos e argilo-arenosos de origem fluvial (rios), lacustre (lagos) ou marinha.
Tipos de Neossolos
Com base no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), os tipos de Neossolos mais conhecidos são o Neossolo Litólico, Neossolo Flúvico, Neossolo Regolítico e o Neossolo Quartzarênico. No Sistema Estadunidense de Classificação de Solos (Soil Taxonomy) ele recebe o nome de “Entisols”.
Tipos de Neossolos Foto retirada do poster “Classes de Solos do Brasil”, elaborado por: Ademir Fontana (Embrapa Solos), Fabiano de Carvalho Balieiro (Embrapa Solos) e Marcos Gervásio Pereira (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) |
Características dos Neossolos
Os Neossolos são os solos mais jovens da paisagem (ou seja, acabaram de ser formandos pedogeneticamente falando). Geralmente eles são muito parecidos com o material que deu origem a eles, então são solos que possuem características bem variadas. Por exemplo, um Neossolo que foi formado a partir de uma rocha como o Peridotito (Rocha Ígnea do tipo Ultramáfica, mais argilosa), vai ser muito mais rico (nutricionalmente falando) do que um Neossolo que foi formado a partir de um Quartzito (Rocha Metamórfica Arenosa). Apesar de existir essas diferenças entre o material de origem, os Neossolos geralmente têm um pH ácido e são pobres em nutrientes, e quanto mais arenoso for o Neossolo, mais nutrientes vão ser levados embora por conta da ação da água. Como são solos ainda muito jovens, eles ainda não conseguem acumular grandes quantidades de nutrientes.
Como são solos jovens, eles são geralmente bem rasos (30 cm de espessura já é muita coisa) e não tem aquela parte do solo que a gente chama de “subsuperficial”, que representa a parte profunda do solo (Horizonte B). Como não tem essa parte profunda, eles estão diretamente em contato com a rocha que deu origem a eles, ou seja, assim que passamos da parte superficial do solo (Horizonte A), já chegamos diretamente na rocha (Horizonte C e R).
Perfil de um Neossolo Litólico Cascavel, Paraná, Brasil Foto de Gustavo Ribas Curcio |
A diferença de profundidade é uma das características usadas pra diferenciar os tipos de Neossolos.
Neossolo Litólico
Os Neossolos Litólicos são os mais rasos de todos, sempre vão estar a 50 cm da rocha que deu origem a eles.
Os Neossolos Litólicos são os mais rasos de todos, sempre vão estar a 50 cm da rocha que deu origem a eles.
Os Neossolos Regolíticos são o segundo tipo mais raso, sempre vão ter uma espessura maior que 50 cm. Como os Neossolos Regolíticos tem uma espessura maior, geralmente eles vão ser mais ricos em nutrientes que os Neossolos Litólicos.
Perfil de um Neossolo Regolítico Foto do acervo da Embrapa Solos |
Perfil de um Neossolo Regolítico Cascavel, Paraná, Brasil Foto de Gustavo Ribas Curcio |
Neossolo Flúvico
Os Neossolos Flúvicos são mais evoluídos que os Neossolos Litólicos e Regolíticos (conseguem alcançar alguns metros de espessura). Eles são formados a partir de sedimentos de origem fluvial (ou seja, minerais e matéria orgânica que foram trazidas pelo rio) ou marinha. Esses sedimentos vão se depositando ao longo do curso d'água (ou mar) e vão formando várias e várias camadas com o tempo. Essas deposições são chamadas de camadas porque elas não tem relação entre sí (ou seja, uma camada não influenciou na formação de outra camada, o que formou elas foi o rio ou o mar), e como não tem relação entre si, não podem ser chamadas de Horizontes.
Perfil de um Neossolo Flúvico Reparem o cascalho que foi depositado ao longo das camadas do solo Foto retirada do @pedologando, um perfil maravilhoso do Daniel Pontoni dedicado a divulgar os conhecimentos da Ciência do Solo pelo Brasil |
A fertilidade do Neossolo Flúvico vai depender dos sedimentos que são trazidos pelo rio ou mar, ou seja, dependendo de onde ele se encontra, ele pode ser rico ou pobre em nutrientes. Na Amazônia, os Neossolos Flúvicos que ocorrem nas margens de rios de água barrenta (Solimões, Madeira, Purus, Juruá, dentre outros) costumam ser bem ricos em nutrientes. Já em outras regiões onde eles não têm contato com rios de água barrenta e sim com rios de água escura (que são pobres em sedimentos e ricos em ácidos orgânicos) eles costumam ser bem pobres em nutrientes, principalmente o fósforo.
Perfil de um Neossolo Flúvico Foto de Manoel Batista de Oliveira Neto |
Neossolo Quartzarênico
Os Neossolos Quartzarênicos geralmente são os mais profundos dos Neossolos, podendo alcançar profundidades que chegam até 10 metros de espessura (mesmo nesses casos eles são considerados como sendo solos jovens para a Pedologia e continuam não tendo o Horizonte B).
Os Neossolos Quartzarênicos tem uma textura extremamente arenosa, e ela vai se manter arenosa até 150 cm de espessura (mas ela pode se manter arenosa facilmente até os 2 metros de espessura).
Os Neossolos Quartzarênicos geralmente são os mais profundos dos Neossolos, podendo alcançar profundidades que chegam até 10 metros de espessura (mesmo nesses casos eles são considerados como sendo solos jovens para a Pedologia e continuam não tendo o Horizonte B).
Os Neossolos Quartzarênicos tem uma textura extremamente arenosa, e ela vai se manter arenosa até 150 cm de espessura (mas ela pode se manter arenosa facilmente até os 2 metros de espessura).
Cerca de 75 a 95% da espessura do Neossolo Quartzarênico vai ser composta por areia (areia de quartzo e outros minerais parecidos, como a calcedônia). A composição de argila não ultrapassa os 15%. Isso faz com que eles sejam solos extremamente drenáveis (isto é, não acumulam água, só conseguem se manter úmidos se estiverem em lugares naturalmente úmidos) e com baixa fertilidade (normalmente eles sofrem com uma carência generalizada de nutrientes).
Perfil de um Neossolo Quartzarênico Olho D’água do Casado, Alagoas, Brasil Foto retirada do “Relatório do Levantamento de Solos do Município de Olho D’água do Casado – Alagoas” |
A coloração dos Neossolo Quartzarênicos é bastante variável, podendo apresentar tonalidades acinzentadas, amareladas ou avermelhadas, em função da presença de óxidos de ferro (que vem da argila).
Onde pode ser encontrado (Área)
Ilustrações mostrando onde os Neossolos podem ser possivelmente encontrados Ilustrações feitas por Hélio do Prado, retiradas do site www.pedologiafacil.com.br É um site incrível, tem muita coisa falando sobre solos |
Os Neossolos ocorrem em praticamente todas as regiões do País, ocupando 1. 130.776 km², cerca de 13,28 % do território brasileiro (das 13 classes de solo, são a 3ª mais comum). Eles geralmente não formam grandes extensões e são normalmente encontrados de forma dispersa em ambientes específicos.
Neossolo Litólico
Os Neossolos Litólicos normalmente ocorrem em áreas bastante acidentadas com bastante afloramento de rochas (morros e serras). Podem ser encontrados em áreas com relevo ondulado até montanhoso. No Cerrado os Neossolos Litólicos ocorrem em uma área de aproximadamente 7,3%.
Os Neossolos Litólicos normalmente ocorrem em áreas bastante acidentadas com bastante afloramento de rochas (morros e serras). Podem ser encontrados em áreas com relevo ondulado até montanhoso. No Cerrado os Neossolos Litólicos ocorrem em uma área de aproximadamente 7,3%.
Neossolo Regolítico
Os Neossolos Regolíticos normalmente ocorrem em áreas bastante acidentadas com bastante afloramento de rochas (morros e serras). Podem ser encontrados em áreas com relevo ondulado até montanhoso. Os Neossolos Regolíticos são encontrados em alguns pontos da região serrana do Sudeste, mas têm maiores concentrações nas zonas do Semiárido Nordestino e Mato Grosso do Sul.
Os Neossolos Regolíticos normalmente ocorrem em áreas bastante acidentadas com bastante afloramento de rochas (morros e serras). Podem ser encontrados em áreas com relevo ondulado até montanhoso. Os Neossolos Regolíticos são encontrados em alguns pontos da região serrana do Sudeste, mas têm maiores concentrações nas zonas do Semiárido Nordestino e Mato Grosso do Sul.
Neossolo Flúvico
Os Neossolos Flúvicos podem ser encontrados em áreas de relevo plano, restrito a margens de cursos d’água, lagoas, planícies de inundação e pequenas porções de planícies costeiras. No Cerrado, podem ser encontrados nas seguintes fitofisionomias: Campo Úmido e Floresta Estacional (Mata de Galeria).
Os Neossolos Flúvicos podem ser encontrados em áreas de relevo plano, restrito a margens de cursos d’água, lagoas, planícies de inundação e pequenas porções de planícies costeiras. No Cerrado, podem ser encontrados nas seguintes fitofisionomias: Campo Úmido e Floresta Estacional (Mata de Galeria).
Neossolo Quartzarênico
Os Neossolos Quartzarênicos são comuns em regiões litorâneas, principalmente no Nordeste. Grandes concentrações podem ser encontradas em alguns estados do Centro-Oeste e Norte, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Os Neossolos Quartzarênicos ocorrem em áreas de relevo plano a suave ondulado, podendo ser encontrados nas chapadas elevadas e chapadas baixas. No Cerrado, estima-se uma ocorrência de aproximadamente 15% da superfície total da região e pode ser encontrado nas seguintes fitofisionomias: Cerradão e Cerrado Sentido Restrito.
Os Neossolos Quartzarênicos são comuns em regiões litorâneas, principalmente no Nordeste. Grandes concentrações podem ser encontradas em alguns estados do Centro-Oeste e Norte, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Os Neossolos Quartzarênicos ocorrem em áreas de relevo plano a suave ondulado, podendo ser encontrados nas chapadas elevadas e chapadas baixas. No Cerrado, estima-se uma ocorrência de aproximadamente 15% da superfície total da região e pode ser encontrado nas seguintes fitofisionomias: Cerradão e Cerrado Sentido Restrito.
Onde pode ser encontrado (Vegetação)
“Florestas” da Região Norte
Campinarana (Caatinga da Amazônia, Caatinga-Guapó e Campina da Amazônia)
Campinarana Arborizada no Parque Nacional do Viruá Roraima, Brasil Foto de Zig Koch |
Os chamados “Falsos Campos” da Amazônia. As Campinaranas funcionam como se fossem um Cerrado. No Cerrado, o que limita o crescimento das florestas é o solo raso e o fogo. Regiões de solo raso (Neossolos, Cambissolos, Plintossolos) e que pegam fogo com frequência não tem florestas.
Na Campinarana o que influência mais é o solo e a água. Regiões de solos mais ricos em nutrientes (Espodossolos) e que ficam inundados a maior parte do tempo, desenvolvem florestas. Já regiões de solos mais pobres em nutrientes (Neossolos Quartazênicos) e que passam por períodos de seca, desenvolvem arbustos e capins.
Diferentes tipos de Campinarana no Parque Nacional do Viruá Roraima, Brasil Foto retirada do "Plano de Manejo do Parque Nacional do Viruá" |
(1) Campinarana Florestada (Caatinga da Amazônia e Caatinga-Gapó): vegetação composta por árvores (que não passam dos 20 metros de altura) e que fica inundada na maior parte do ano pelos rios de água preta. Regiões que tem essas características são conhecidas mundialmente como Pântanos. A Campinarana Florestada ocorre em Espodossolos.
Perfil de um Espodossolo Humilúvico em Campinarana Florestada Roraima, Brasil Foto retirada do "Plano de Manejo do Parque Nacional do Viruá" |
Perfil de um Espodossolo Humilúvico em Campinarana Arborizada Roraima, Brasil Foto retirada do "Plano de Manejo do Parque Nacional do Viruá" |
(3) Campinarana Arbustiva (Campina da Amazônia e Caatinga-Gapó): vegetação composta por arbustos (que normalmente não passam dos 2 metros), sem a presença de árvores. Fica inundada na maior parte do ano e normalmente ocorre em Neossolos. Regiões que tem essas características também são conhecidas mundialmente como Pântanos.
Perfil de um Neossolo Quartzarênico Hidromórfico em Campinarana Arbustiva Roraima, Brasil Foto retirada do "Plano de Manejo do Parque Nacional do Viruá" |
(4) Campinarana Gramíneo-Lenhosa (Campina da Amazônia): vegetação composta por capins, sem a presença de árvores. Fica inundada pelos rios de água preta, porém apenas na estação das chuvas, na estação seca ela fica árida e fica sujeita a ação do fogo. Ocorre em Neossolos.
Perfil de um Neossolo Quartzarênico Hidromórfico em Campinarana Gramíneo Lenhosa Roraima, Brasil Foto retirada do "Plano de Manejo do Parque Nacional do Viruá" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Campinarana Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Campinarana de acordo com o relevo e altitude Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retiradas do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Campos das Regiões Sudeste e Sul
Campos de Altitude
Campos de Altitude são típicos dos pontos mais elevados da Serra do Mar e da Serra da Mantiqueira (Região Sudeste), estando geralmente situados acima de 1.500 metros de altitude e estando associados a Rochas Ígneas ou Metamórficas, como Granito, Gnaisse e, no caso particular de Itatiaia, Sienito nefelínico. Campos de Altitude na Serra do Mar Foto de Pedro Hauck, retirada do seu site www.pedrohauck.nt |
A vegetação típica dos Campos de Altitude é a Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa, Florestas Estacionais e seus subtipos e a Floresta Ombrófila Mista), mas ao invés de predominar formações florestais, nas partes mais altas o que predomina são as formações campestres (o bioma Mata Atlântica pode ter vários tipos de fitofisionomias diferentes). Extensas áreas são cobertas apenas por plantas de porte mais baixo (gramíneas e outros arbustos). As florestas ficam situadas nas regiões mais baixas ou de solo mais profundo.
A vegetação dos Campos de Altitude é muito parecida com a vegetação das regiões Andino-Patagônicas, das serras do sul do Brasil (Serra do Tabuleiro) e da América Central (porém, apresenta uma maior sazonalidade e riqueza de espécies).
Foto de Aislan Mendes, retirada do site www.mochileiros.com. O Aislan Mendes fez um registro SENSACIONAL do seu mochilão pelo Parque Estadual da Serra do Tabuleiro Santa Catarina, Brasil |
Florestas da Região Norte, Centro Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul
Floresta Ombrófila Densa
Na região Norte, Nordeste (Maranhão) e Centro Oeste (Mato Grosso) a Floresta Ombrófila Densa recebe o nome de Floresta Amazônica. Nas demais regiões do Nordeste, Sudeste e Sul, a Floresta Ombrófila Densa recebe o nome de Mata Atlântica.
Na região Norte, Nordeste (Maranhão) e Centro Oeste (Mato Grosso) ela está totalmente na zona tropical (temperaturas médias acimas de 25º C) e praticamente não tem estação seca (tem no máximo 2 meses de seca). Nas demais áreas da região Nordeste, Sudeste e Sul ela está localizada na zona tropical e subtropical, ocorrendo ao longo do litoral. Praticamente também não tem estação seca (tem no máximo 2 meses de seca).
Estrada que passa entre a Floresta Ombrófila Densa Colniza, Mato Grosso, Brasil Foto de Marcelo Camargo, retirada do site agenciabrasil.ebc.com.br |
Ilustração de uma Floresta Ombrófila Densa Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Ombrófila Densa de acordo com o relevo e altitude Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Floresta Ombrófila Aberta (Faciações da Floresta Ombrófila Densa)
A Floresta Ombrófila Aberta recebe o nome de Floresta Amazônica na Região Norte, Nordeste (Maranhão) e Centro Oeste (Mato Grosso).
Na região Norte, Nordeste e Centro Oeste ela está totalmente na zona tropical (temperaturas médias acimas de 25º C) e tem uma estação seca bem leve (acima de 2 meses).
Floresta Ombrófila Aberta com Cipós Brasnorte, Mato Grosso, Brasil Foto de Luiz Alberto Dambrós, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Ombrófila Aberta Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Ombrófila Aberta de acordo com o relevo e altitude Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Floresta Estacional
As Florestas Estacionais são chamadas de Floresta Amazônica na Região Norte e Mata Atlântica na Região Nordeste, Sudeste e Sul. No Centro Oeste, as Florestas Estacionais recebem o nome de Mata Seca.
As Florestas Estacionais são chamadas de Floresta Amazônica na Região Norte e Mata Atlântica na Região Nordeste, Sudeste e Sul. No Centro Oeste, as Florestas Estacionais recebem o nome de Mata Seca.
Florestas Estacionais e seus vários tipos:
(1) Floresta Estacional Sempre-Verde (Floresta Estacional Perenifólia): as árvores da floresta ficam sempre verdes, mesmo na seca ou no frio.
Floresta Estacional Sempre-Verde São José do Ricardo, Mato Grosso, Brasil Foto de Luiz Alberto Dambrós, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Estacional Sempre-Verde de acordo com o relevo e altitude Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
(2) Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia): cerca de 20 a 50% das árvores da floresta perdem as folhas, seja por conta da seca (região Norte, Nordeste e Centro Oeste) ou por conta do frio (região Sudeste e Sul).
Floresta Estacional Semidecidual São José do Ricardo, Mato Grosso, Brasil Foto de José Coelho de Araújo Filho |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Estacional Semidecidual de acordo com o relevo e altitude Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Diferente das regiões Norte, Sudeste e Sul, as Florestas do Nordeste e Centro Oeste possuem mais um tipo de Floresta Estacional.
Floresta Estacional Decidual Monte Alegre de Goiás, Goiás, Brasil Foto de Ricardo Flores Haidar, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Estacional Decidual de acordo com o relevo e altitude Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Estacional Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Floresta Ombrófila Mista
A Floresta Ombrófila Mista recebe o nome de Mata Atlântica na região Sudeste e Sul.
A Floresta Ombrófila Mista recebe o nome de Mata Atlântica na região Sudeste e Sul.
Floresta Ombrófila Mista no Parque das Araucárias Apucarana, Paraná, Brasil Fonte |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Ombrófila Mista de acordo com o relevo e altitude Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Os Neossolos ocorrem em praticamente todas as regiões do País. Isso significa as florestas onde se encontram os Neossolos vão se enquadrar nas seguintes categorias:
(1) Aluvial: são as florestas que estão localizadas nas regiões no entorno dos rios, que podem ficar alagadas o ano todo. Também poder ser encontradas em Terraços (Terraços são planícies de inundação bem antigas, que estão nas partes mais altas do relevo). As florestas localizadas nessas regiões recebem o nome de: (A) Floresta Ombrófila Densa Aluvial, (B) Floresta Ombrófila Aberta Aluvial, (C) Floresta Estacional [...] Aluvial e (D) Floresta Ombrófila Mista Aluvial.
Nas regiões da Amazônia, essas florestas recebem os nomes de Mata de Igapó e Mata de Várzea, já nas demais regiões, essas florestas recebem o nome de Mata Ciliar, Floresta Ribeirinha.
(2) Das Terras Baixas: são as florestas que estão localizadas em terraços, planícies e outras áreas planas que não alagam, mas que estão mais próximas dos rios. São as chamadas Matas de Terra Seca. As florestas localizadas nessas regiões recebem o nome de: (A) Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas, (B) Floresta Ombrófila Aberta das Terras Baixas e (C) Floresta Estacional [...] das Terras Baixas.
(3) Submontana: são as florestas que estão localizadas nas partes mais baixas das serras ou planaltos (60 metros a 600 metros de altitude). As florestas localizadas nessas regiões recebem o nome de: (A) Floresta Ombrófila Densa Submontana, (B) Floresta Ombrófila Aberta Submontana, (C) Floresta Estacional [...] Submontana e (D) Floresta Ombrófila Mista Submontana.
(4) Montana: são as florestas que estão localizadas nas partes mais altas das serras ou planaltos (400 metros a 1.000 metros de altitude nas regiões mais ao sul e de 600 metros a 2.000 metros de altitude nas regiões da Amazônia). As florestas localizadas nessas regiões recebem o nome de: (A) Floresta Ombrófila Densa Montana, (B) Floresta Ombrófila Aberta Montana, (C) Floresta Estacional [...] Montana e (D) Floresta Ombrófila Mista Montana.
(5) Alto – Montana: são as florestas que estão acima dos 2.000 metros de altitude. Essas árvores tem dificuldade de passar dos 20 metros de altura. São as chamadas de “Mata Nebular” ou “Floresta Nebulosa”. As florestas localizadas nessas regiões recebem o nome de: (A) Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana, (B) Floresta Ombrófila Mista Alto-Montana.
Cerrado das Regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste e Sudeste
O nome Savana (Sabana, em espanhol) veio do termo indígena caribenho “Habana”, que era o nome indígena utilizado para chamar os conhecidos “Llanos” da Bacia do Orinoco, no norte da América do Sul (regiões com árvores e arbustos espalhados em campos cheios de gramíneas, que não formam uma mata fechada).
As Savanas são encontradas na África, Ásia e Oceania, e aqui na América do Sul ela é conhecida (pelos Brasileiros) como Cerrado, mas também pode ser chamada de Tabuleiro, Agreste, Chapada (região Nordeste), Campina, Gerais (região sudeste) e Lavrado (região norte).
No Brasil, o Cerrado ocupa mais de 2.000.000 km², o que representa mais de 23% do território Brasileiro. Ocorrem em altitudes que variam de 300 metros (Baixada Cuiabana em Mato Grosso), a mais de 1.600 metros (Chapada dos Veadeiros em Goiás). O Cerrado se localiza principalmente em áreas onde o inverno é seco (Junho, Julho e Agosto é o auge da seca) e o verão é chuvoso (Dezembro, Janeiro e Fevereiro é o auge das chuvas).
No Brasil, o Cerrado pode ser encontrado na região Norte, principalmente no estado do Tocantins e em manchas nos estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima. No Nordeste, em partes dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí. Na região Sudeste, principalmente no estado de Minas Gerais e parte de São Paulo. Na região Sul, apenas manchas minúsculas no estado do Paraná. Na região Centro Oeste, nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.
No Distrito Federal, 100% da sua área é coberta pelo Cerrado. No estado de Goiás, 97% do estado é coberto pelo Cerrado, apenas 3% do estado é coberto pela Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica), que está localizada na região sudoeste do estado (Bacia Sedimentar do Paraná). Dos 246 municípios goianos, 26 têm ocorrência da Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica), sendo que os principais municípios são: Quirinópolis, Marzagão, Cachoeira Alta, Corumbaíba, Paranaiguara, Morrinhos, Santa Helena de Goiás, Inaciolândia, São Simão, Buriti Alegre, Água Limpa, Corumbaíba, Goiatuba e Araporã.
Fora do Brasil, o Cerrado pode ser encontrado principalmente na Bolívia e no Paraguai. Na Colômbia, Guiana, Suriname e Venezuela, o Cerrado é chamado de Llanos.
Vários tipos de vegetação (fitofisionomias) podem ser encontradas no Cerrado, desde aquelas mais Florestais (Cerradão) as mais Campestres (Campo Limpo).
Cerradão na Estação Ecológica de Santa Bárbara Águas de Santa Bárbara, São Paulo, Brasil Foto de Marcio Martins retiradas do site eco.ib.usp.br |
(1) Vegetação: a vegetação é composta apenas por árvores (que alcançam de 6 a 10 metros de altura). A vegetação é uma mistura de espécies da Floresta Estacional e do Cerrado Sentido Restrito.
(2) Solo: solos profundos e ricos em nutrientes.
(3) Fogo: naturalmente quase nunca pega fogo.
(4) Evolução (clímax): se os períodos de estação seca diminuírem e com isso a oferta de água aumentar, o Cerradão evolui para uma Floresta Estacional.
(5) Altitude: se o Cerradão ocorrer em áreas de afloramento rochoso acima de 900 metros ele passa a ser considerados como um tipo de fitofisionomia do Cerrado Rupestre.
Cerrado Sentido Restrito (Savana Arborizada, segundo a nova classificação do IBGE de 2012)
Cerrado Sentido Restrito na trilha do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros Alto Paraíso de Goiás, Goiás, Brasil Foto de Rafael Kosoniscs, retirada do site seumochilao.com.br |
(1) Vegetação: vegetação florestal e arbustiva (a maior partes das plantas são arvores, mas tem muitos arbustos e capins).
(2) Solo: solos profundos (Latossolos, Neossolos Quartzarênicos, Argissolos, Cambissolos), mas não muito ricos em nutrientes.
(3) Fogo: pega fogo naturalmente (porém o fogo é menos frequente).
(4) Evolução (clímax): se o solo se tornar mais nutritivo e a frequência do fogo diminuir, o Cerrado Sentido Restrito evolui para o Cerradão.
(5) Altitude: se o Cerrado Sentido Restrito ocorrer em áreas de afloramento rochoso acima de 900 metros ele passa a ser considerado como um tipo de fitofisionomia do Cerrado Rupestre.
Campo Sujo (Savana Parque, segundo a nova classificação do IBGE de 2012)
Campo Sujo na Serra de Caldas Novas Foto feita por mim durante visita ao Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCAN) Caldas Novas, Goiás, Brasil |
Campo Sujo (em cima) e Cerrado Sentido Restrito (ao fundo) na trilha do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros Alto Paraíso de Goiás, Goiás, Brasil Foto de Rafael Kosoniscs, retiradas do site seumochilao.com.br |
(1) Vegetação: a vegetação é arbustiva (a maior partes das plantas são capins, mas tem muitos arbustos espalhados e algumas árvores isoladas).
(2) Solo: solos pouco profundos e pobres em nutrientes. Normalmente ocorrem em Neossolos Quartzarênicos, Cambissolo e Plintossolos, mas também podem ocorrer em Gleissolos.
(3) Fogo: pega fogo naturalmente (pega fogo com frequência).
(4) Evolução (clímax): se o solo se desenvolver e a frequência do fogo diminuir, o Campo Sujo evolui para o Cerrado Sentido Restrito.
(5) Altitude: os Campos Sujos que ocorrem em áreas de afloramento rochoso acima de 900 metros são considerados como um tipo de fitofisionomia do Campo Rupestre.
Campo Limpo (Savana Gramíneo-Lenhosa, segundo a nova classificação do IBGE de 2012)
Veados Campeiros (Ozotoceros bezoarticus) passeando pelos Campos Limpos do Parque Nacional das Emas Goiás, Brasil Foto de Alexandre Camargo Coutinho, retirada do "Mapeamento do Uso e Cobertura da Terra do Cerrado - Projeto TerraClass Cerrado 2013" |
(1) Vegetação: vegetação herbácea (todas as plantas são capins, não tem árvores nem arbustos).
(2) Solo: solos rasos (Neossolos Litólicos, Neossolos Regolíticos, Plintossolos Pétricos) e muito pobres em nutrientes.
(3) Fogo: pega fogo naturalmente e com alta frequência.
(4) Evolução (clímax): se o solo se desenvolver e a frequência do fogo diminuir, o Campo Limpo evolui para o Campo Sujo.
(5) Altitude: os Campos Limpos que ocorrem em áreas de afloramento rochoso acima de 900 metros são considerados como um tipo de fitofisionomia do Campo Rupestre.
Campo Úmido
Campo Úmido na Lagoa Cabocla, que está inserida na bacia do Rio Preto, que está a 1.100 metros de altitude A lagoa está localizada no Centro de Instrução de Formosa Formosa, Goiás, Brasil Foto retirada do projeto “Biodiversidade em áreas úmidas preservadas do Cerrado do Brasil Central: bacias do Paranoá e Rio Preto” |
Campo Úmido na área denominada “Meandros”, que se forma devido ao afloramento do nível freático, a mais de 930 metros de altitude A área está localizada no Parque Nacional de Brasília (PARNA-Brasília) Brasília, Brasil Foto retirada do projeto “Biodiversidade em áreas úmidas preservadas do Cerrado do Brasil Central: bacias do Paranoá e Rio Preto” |
(1) Vegetação: a vegetação é normalmente herbácea (todas as plantas são capins, não tem árvores nem arbustos), mas pode ocorrer a presença da palmeira Buriti (Mauritia flexuosa). Quando essa palmeira ocorre, o Campo Úmido é chamado de Vereda, quando ela não ocorre, o Campo Úmido é chamado apenas de Brejo ou Pântano.
(2) Solo: solos encharcados na maior parte do ano (Gleissolos, Neossolos Flúvicos, Organossolos), com água ácida (pH 5) e temperaturas baixas (até 22ºC).
(3) Fogo: ausência de fogo (normalmente nunca pega fogo).
(4) Evolução (clímax): Floresta Estacional [...] Aluvial (Mata Ciliar, Floresta Ribeirinha) ? Não se sabe ao certo.
(5) Altitude: os Campos Úmidos que ocorrem em áreas de afloramento rochoso acima de 900 metros são considerados como um tipo de fitofisionomia do Campo Rupestre.
Campo Rupestre (Savana Parque, segundo a nova classificação do IBGE de 2012)
Campo Rupestre (fitofisionomia Campo Limpo) na cachoeira da Serra do Cipó Santana do Riacho, Minas Gerais, Brasil Foto de Livia Echternacht, retirada do "Plano de Ação Nacional para a Conservação da Flora Ameaçada de Extinção da Serra do Espinhaço" |
Os Campos Rupestres e Cerrados Rupestres são o conjunto de fitofisionomias associadas aos afloramentos rochosos de formações Quartzíticas (Rocha Metamórfica), Areníticas (Rocha Sedimentar) e Ferríticas (Vários tipos de Rocha) inseridas dentro do bioma Cerrado (Savana) e suas áreas de transição com a Caatinga (Savana Estépica) e Mata Atlântica (Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional e seus vários tipos). Os Campos Rupestres e Cerrados Rupestres que são encontrados em formações ferríticas geralmente são chamados de “Campos Rupestres Ferruginosos” ou “Campos Rupestres sobre a Canga”.
Eu falo mais a respeito dos Campos Rupestres em uma outra publicação que eu fiz sobre Plantas Carnívoras, gostaria de dar uma olhadinha nela ? É só clicar aqui: "O Habitat das Plantas Carnívoras - Onde elas Crescem ?"
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Savana (Cerrado) Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Savana (Cerrado) de acordo com o relevo e altitude Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Savana (Cerrado) de acordo com solo e o nível freático (lençol freático) Ilustração retirada do livro "Cerrado: Ecologia, Biodiversidade e Conservação" |
Caatinga da Região Nordeste, Centro Oeste (Pantanal) e Norte (Roraima)
Caatinga (Savana Estépica, segundo a nova classificação do IBGE de 2012)
Savana Estépica Arborizada na estação seca Madalena, Ceará Na Rocha temos o Cacto Xiquexique (Pilosocereus gounellei) e a Macambira (Bromelia laciniosa) Foto de Eugênio Vieira Júnior, retirada da página do Facebook “Paisagens da Caatinga” |
A Caatinga (Savana Estépica) pode ser encontrada amplamente na região Nordeste e em alguns outros estados, como Roraima (Chapada do Surumu no Gráben do Tacutu e no Planalto da Venezuela), Mato Grosso do Sul (Região do Chaco) e no Sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul.
No Brasil a Caatinga (Savana-Estépica) ocorre principalmente no Sertão Árido Nordestino, de clima geralmente marcado por duas estações secas: (1) uma, que é bem longa, e que depois é seguida por chuvas prolongadas, e outra (2) que é uma seca mais curta, e as vezes grandes volumes de chuvas podem ocorrer nela (esses grandes volumes de chuva as vezes são imprevisíveis, pode ficar anos sem cair nenhuma gota de água).
Savana Estépica Arborizada na estação das chuvas Madalena, Ceará Na Rocha temos o Cacto Xiquexique (Pilosocereus gounellei) e a Macambira (Bromelia laciniosa) Foto de Eugênio Vieira Júnior, retirada da página do Facebook “Paisagens da Caatinga” |
As vegetações que fazem parte da Caatinga (Savana Estépica) são:
Ps – já vou logo pedindo desculpas ao pessoal do nordeste pela forma como vou falar da Caatinga. A Caatinga (Savana Estépica) é um bioma muito complexo e eu conheço muito pouco sobre ele, por isso fiz essas analogias utilizando o Cerrado (esse bioma eu conheço mais afundo).
Savana-Estépica Arborizada (Caatinga Arborizada): é como se fosse um Cerrado Sentido Restrito. Vegetação florestal e arbustiva, sendo que a maior partes das plantas são arvores, mas se tem muitos arbustos e capins. Diferente do Cerrado, na Caatinga (Savana Estépica) muitos arbustos vão ser compostos por espécies de cactos.
Savana-Estépica Parque (Caatinga Parque): seria como o Campo Sujo do Cerrado. Vegetação arbustiva (a maior parte das plantas são capins, mas tem muitos arbustos espalhados e algumas árvores isoladas).
Savana-Estépica Gramíneo-Lenhosa (Caatinga Gramíneo-Lenhosa): seria como o Campo Limpo do Cerrado. Vegetação herbácea (todas as plantas são capins, não tem árvores nem arbustos).
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Savana-Estépica Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Savana-Estépica de acordo com o relevo e altitude na região Nordeste Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Savana-Estépica de acordo com o relevo e altitude na região Norte (Roraima) Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Savana-Estépica de acordo com o relevo e altitude na região Centro Oeste (Mato Grosso do Sul) Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Pampas da Região Sul
Pampas (Estepe, segundo a nova classificação do IBGE de 2012)
Pampas do Rio Grande do Sul, Brasil Foto de G. Overbeck, retirada do artigo intitulado “Where Tree Planting and Forest Expansion are Bad for Biodiversity and Ecosystem Services” |
São vegetações fortemente campestres da zona temperada, estão em áreas que tem uma estação chuvosa bem marcada, mas a chuva costuma cair ao longo de todo o ano. Os Pampas sul-americanos são exemplos de Estepes.
Ocorre desde o Planalto das Araucárias; até as Superfícies meridionais gaúchas do Planalto Rio-Grandense, passando pelo Planalto da Campanha e da Depressão Central.
Estepe Arborizada (Arbórea Aberta): a vegetação é composta por Arbustos, Cactos e Capins. Cactos e Capins estão situados em áreas de solo raso com ou sem afloramento rochoso, e os Arbustos em solos medianamente profundos. Os solos mais encontrados são Luvissolos, Chernossolos, Vertissolos, Cambissolos e Neossolos Litólicos.
Estepe Parque (Campo Sujo ou Parkland): seria como o Campo Sujo do Cerrado, porém sem presença de árvores. A maior partes das plantas são capins, mas tem muitos arbustos espalhados.
Estepe Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo): seria como o Campo Limpo do Cerrado. Vegetação herbácea (todas as plantas são capins, não tem árvores nem arbustos). Geralmente os solos são Neossolos Litólicos ou Neossolos Quartzarênicos.
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Estepe Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Estepe de acordo com o relevo e altitude na região da Campanha Gaúcha Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Estepe de acordo com o relevo e altitude na região do Brasil Meridional Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retiradas do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Estepe de acordo com o relevo e altitude na região do Uruguai lustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE" |
Essa é apenas uma das 13 classes de solos, se você deseja ver as demais, é só dar uma olhada na minha outra publicação: "Solo, Terra e Substrato - Qual é a Diferença ?".
Extremamente bem elaborado o conteúdo e de suma importância; merece mais divulgação, parabéns pelo trabalho!
ResponderExcluirMuito obrigado jovem :)
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