Droseras Brasileiras - Drosera camporupestris
Morfologia
Nessa espécie as folhas tem um formato Fusiforme ou Espatulado-linear (ou seja, uma mistura do formado Espatulado e Linear). O pecíolo é bem estreito e tem o mesmo tamanho ou é maior que a lâmina.
Roseta da Drosera camporupestris Gouveia, Minas Gerais, Brasil Foto de Christian Dietz, retirada do fórum "www.cpukforum.com" |
Drosera camporupestris é muito parecida com Drosera chrysolepis, e a principal diferença entre elas está no caule e na quantidade de folhas da roseta.
Drosera camporupestris pode formar (embora seja mais raro) um caule curto de 3,5 cm de comprimento que fica coberto por folhas mortas. A roseta da Drosera camporupestris consegue manter apenas algumas folhas ativas por vez (geralmente apenas 3 folhas, raramente consegue manter mais de 4 ou 5 folhas).
Ocorrência
Drosera camporupestris é endêmica das regiões centrais da Serra do Espinhaço, no estado de Minas Gerais.
As regiões centrais da Serra do Espinhaço correspondem as regiões do Planalto de Diamantina (que corresponde ao município de Presidente Kubitschek até o município de Itamarandiba, sendo encontrada principalmente em Diamantina, Gouveia, Serro, São Gonçalo do Rio Preto e Buenópolis) e a Serra do Cipó (que corresponde ao município de Santa Luzia até o município de Congonhas do Norte, sendo encontrada principalmente em Santana do Riacho e Congonhas do Norte).
Serra do Breu Serra do Cipó, Minas Gerais, Brasil Foto de Rafael Santiago, retirada do blog “trekkingnamontanha.blogspot.com” |
Drosera camporupestris cresce em altitudes que variam dos 1.100 metros a 1.400 metros. Ela é encontrada nos Campos Rupestres, em ambientes que ficam úmidos o ano todo ou são sazonais (ou seja, aqueles que permanecem úmidos na estação das chuvas e que ficam mais secos durante o inverno).
Esses ambientes mais úmidos seriam principalmente os Campos Úmidos, onde elas crescem sobre os Organossolos (turfeiras). E os ambientes sazonais seriam principalmente os locais onde existe a presença de sedimentos e solos arenosos (Neossolos Litólicos) formados pelo Quartzito (Rocha Metamórfica) e pelo Arenito (Rocha Sedimentar).
Drosera camporupestris crescendo sobre sedimentos Gouveia, Minas Gerais, Brasil Fotos de Christian Dietz, retiradas do fórum "www.cpukforum.com" |
Drosera camporupestris foi encontrada vivendo junto com outras espécies de Droseras, como Drosera ascendens, Drosera chrysolepis, Drosera communis, Drosera hirtella, Drosera spiralis, Drosera tentaculata, Drosera tomentosa var. tomentosa e Drosera tomentosa var. glabrata.
Risco de Extinção
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), atualmente a Drosera camporupestris é considerada como uma espécie Pouco Preocupante (sigla LC, do inglês “Least Concern”). Drosera camporupestris possui uma área de distribuição relativamente grande e ocorre dentro de pelo menos 3 unidades de conservação.
Outras Droseras
Pra facilitar a vida de vocês, vou deixar aqui o link que vai direto para as publicações sobre os outros complexos.
Referência
Essa publicação faz parte do guia de cultivo das Droseras Brasileiras. Todas as referências utilizadas aqui vão estar listadas lá no guia. Para acessar o guia, é só clicar aqui “Como Plantar Droseras Brasileiras ?”.
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