Droseras Brasileiras - Drosera graminifolia
Morfologia
Folha linear em Drosera graminifolia Serra do Caraça, Minas Gerais, Brasil Foto da publicação do pesquisador especialista em plantas carnívoras Paulo Gonella, retirada do grupo do Facebook “Plantas Carnívoras – Brasil” |
Prefoliação Circinada regular em Drosera graminifolia Serra do Caraça, Minas Gerais, Brasil Foto da publicação do pesquisador especialista em plantas carnívoras Paulo Gonella, retirada do grupo do Facebook “Plantas Carnívoras – Brasil” |
Drosera graminifolia tem um pecíolo longo, tão longo que nessa foto abaixo a lâmina nem se quer aparece. Ao contrário do pecíolo, as estípulas são bem curtinhas (bem diferente de Drosera spiralis, que tem estípulas enormes).
Pecíolo e Estípulas em Drosera graminifolia Serra do Caraça, Minas Gerais, Brasil Foto da publicação do pesquisador especialista em plantas carnívoras Paulo Gonella, retirada do grupo do Facebook “Plantas Carnívoras – Brasil” |
A roseta consegue manter várias folhas ativas ao mesmo tempo (porém menos em comparação com Drosera magnifica). As folhas podem atingir um comprimento de 29 cm.
Roseta da Drosera graminifolia Serra do Caraça, Minas Gerais, Brasil Foto da publicação do pesquisador especialista em plantas carnívoras Paulo Gonella, retirada do grupo do Facebook “Plantas Carnívoras – Brasil” |
Drosera graminifolia pode formar um caule curto de 6 a 15 cm de comprimento que fica coberto por folhas mortas. As raízes são suculentas (ou seja, conseguem armazenar certas quantidades de nutrientes para a planta).
Drosera graminifolia está mais aparentada com Drosera magnifica, tanto morfologicamente como em relação ao habitat (ambas vivem em locais muito específicos de alta altitude onde as temperaturas e a umidade são constantes o ano todo).
Ocorrência
A Drosera graminifolia é endêmica da Serra do Caraça, que está entre os municípios de Catas Altas e Santa Bárbara, Minas Gerais, Brasil. A Serra do Caraça faz parte do planalto sul da Serra do Espinhaço. Elas vivem em uma altitude que varia de 1.700 metros a 1.950 metros.
Serra do Caraça Minas Gerais, Brasil Foto de Tiago Belmont, retirada do blog “trilharemochilar.blogspot.com” |
Ela foi encontrada vivendo numa vegetação de transição entre os Campos Rupestres e os Campos de Altitude. Ela consegue crescer de maneira vigorosa durante o ano todo, porque mesmo na estação seca o habitat onde ela vive não seca completamente.
Ela vive na parte mais alta das montanhas, onde a umidade é regularmente constante. É encontrada em solos arenosos (Neossolos Litólicos) formandos por Arenito (Rocha Sedimentar), mas também pode ser encontrada vivendo em uma mistura de sedimentos orgânicos e arenosos.
Drosera graminifolia crescendo sobre sedimentos Serra do Caraça, Minas Gerais, Brasil Foto da publicação do pesquisador especialista em plantas carnívoras Paulo Gonella, retirada do grupo do Facebook “Plantas Carnívoras – Brasil” |
A Drosera graminifolia pode ser encontrada com espécies de plantas carnívoras como a Genlisea violacea, Utricularia laciniata, Utricularia reniformis e Utricularia subulata.
Risco de Extinção
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), atualmente a Drosera graminifolia é considerada como uma espécie em Perigo Crítico (sigla CR, do inglês “Critically Endangered”). Drosera graminifolia tem populações pequenas e bem isoladas, além disso elas passaram por uma drástica redução do tamanho populacional nesses últimos 20 anos.
Outras espécies do Complexo Drosera graminifolia
Pra facilitar a vida de vocês, vou deixar aqui o link que vai direto para as publicações sobre os outros complexos.
Referência
Essa publicação faz parte do guia de cultivo das Droseras Brasileiras. Todas as referências utilizadas aqui vão estar listadas lá no guia. Para acessar o guia, é só clicar aqui “Como Plantar Droseras Brasileiras ?”.
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