Onde as Plantas Crescem - Gleissolos

diferentes-tipos-de-solo-gleissolos
Superfície de um Gleissolo
Foto retirado do slide elaborado por Sheila R. Santos

Esse guia é uma continuação da publicação: "Solo, Terra, Substrato - Qual é a Diferença ?"

Origem do Nome

O nome Gleissolo vem do Russo “Gley”, que significa “Massa de Solo Pastosa”, uma referência ao excesso de água que tem nesse solo. A região onde essa água se acumula recebe o nome de Horizonte Glei. 

Formação (Origem Pedogênica)
O Gleissolo pode ser formados pelos seguintes processos:  (1) Sulfurização (ou Tiomorfismo), (2) Gleização e (3) Salinização. 

(1) Sulfurização (ou Tiomorfismo): é quando ocorre a acidificação de certos tipos de sedimento por oxidação de sulfetos de ferro (FeS). Ou seja, um sedimento anterior (originado de rochas sedimentares ou metamórficas), após passar pela sulfurização, se transforma em um Gleissolo. 

(2) Gleização: é quando ocorre a redução de ferro sob condições anaeróbicas. Ou seja, é quando o ferro é reduzido/consumido em condições onde não tem oxigênio disponível no solo. O solo fica sem oxigênio por conta do nível freático (fica muito alto na maior parte do ano e deixa o solo encharcado). Como resultado da falta de ferro, o solo apresenta uma cor mais cinzenta (azulada, esverdeada, etc.). O pouquinho de ferro que sobra no solo (quando sobra) está na forma de pequenos nódulos duros. 

(3) Salinização: é quando minerais alcalinizantes como o cálcio, magnésio, sódio, carbonato, sulfato, cloro e nitrato são acumulados e passam a ter uma alta concentração dentro do solo. A alta concentração acontece porque não existe água o suficiente no solo (devido a pouca chuva) para leva-los embora (então como eles não são levados embora, eles ficam concentrados). 

Origem Geológica 
Sedimentos Argilosos e Argilo-Arenosos. 

Tipos de Gleissolos
Com base no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), os tipos de Gleissolos mais conhecidos são o Gleissolo Melânico, o Gleissolo Háplico, Gleissolo Sálico e o Gleissolo Tiomórfico. No Sistema Estadunidense de Classificação de Solos (Soil Taxonomy) ele recebe o nome de “Entisols”.
Tipos de Gleissolos
Foto retirada do poster “Classes de Solos do Brasil”, elaborado por: Ademir Fontana (Embrapa Solos), Fabiano de Carvalho Balieiro (Embrapa Solos) e Marcos Gervásio Pereira (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
 

Características dos Gleissolos
Os Gleissolos são solos que recebem muita influência do nível freático (lençol freático). Ele pode ficar cheio de água durante uma parte longa do ano ou mesmo durante o ano inteiro. Quando está cheio de água, ele pode ficar totalmente sem oxigênio. 
solos-do-brasil-gleissolos
Perfil de um Gleissolo Tiomófico
Foto de Humberto Gonçalves dos Santos

Devido ao fato de ficar cheio de água na maior parte do tempo, o ferro (que gera a cor vermelha) acaba não conseguindo se depositar nesse solo e por isso ele acaba tendo cores mais acinzentadas, azuladas ou esverdeadas. 
diferentes-tipos-de-substrato-gleissolos
Perfil de um Gleissolo Háplico
Foto de Gustavo Ribas Curcio

Na parte de cima do solo (Horizonte H) acaba se formando uma espessa camada escura de matéria orgânica mal decomposta (o que deixa o solo bem ácido, as vezes chegando a extremos de pH, como 3,5). Eles costumam ter uma textura arenosa a argilosa ao toque. 
onde-plantar-substrato-gleissolos
Perfil de um Gleissolo Háplico
Foto de Sérgio Shimizu

Os Gleissolos tem uma fertilidade bem variável dependendo de onde ele se encontra (ou seja, se ele vai ser rico ou pobre em nutrientes, vai depender do lugar onde ele está). Na Amazônia, os Gleissolos (principalmente os Gleissolos Háplicos) que ocorrem nas margens de rios de água barrenta (Solimões, Madeira, Purus, Juruá, dentre outros) costumam ser bem ricos em nutrientes. Já em outras regiões onde eles não têm contato com rios de água barrenta e sim com rios de água escura (que são pobres em sedimentos e ricos em ácidos orgânicos) eles costumam ser bem pobres em nutrientes, principalmente o fósforo. 

Onde pode ser encontrado (Área) 


Ilustrações mostrando onde os Gleissolos podem ser possivelmente encontrados
Ilustrações feitas por Hélio do Prado, retiradas do site www.pedologiafacil.com.br
É um site incrível, tem muita coisa falando sobre solos

Os Gleissolos ocorrem em relevos planos que estão em contato com a água, geralmente ocupando depressões na paisagem que estão sujeitas a inundações (margens de rios/córregos, a parte mais baixa das planícies de inundação, pântanos, etc.) e que possuem vegetação higrófita. 
Os Gleissolos ocupam uma área de 3.690.59 km², cerca de 4,34 % do território nacional e estão presentes em todas as regiões brasileiras (das 13 classes de solo, são a 6ª mais comum). No cerrado eles podem ser encontrados nas fitofisionomias: Mata de Galeria (Florestas Estacionais) e Campo Úmido. No Cerrado, os Gleissolos ocupam uma área de 2,3%. 

Onde pode ser encontrado (Vegetação)  

Florestas da Região Norte, Centro Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul 

Floresta Ombrófila Densa

Na região Norte, Nordeste (Maranhão) e Centro Oeste (Mato Grosso) a Floresta Ombrófila Densa recebe o nome de Floresta Amazônica. Nas demais regiões do Nordeste, Sudeste e Sul, a Floresta Ombrófila Densa recebe o nome de Mata Atlântica. 

Na região Norte, Nordeste (Maranhão) e Centro Oeste (Mato Grosso) ela está totalmente na zona tropical (temperaturas médias acimas de 25º C) e praticamente não tem estação seca (tem no máximo 2 meses de seca). Nas demais áreas da região Nordeste, Sudeste e Sul ela está localizada na zona tropical e subtropical, ocorrendo ao longo do litoral. Praticamente também não tem estação seca (tem no máximo 2 meses de seca).
Estrada que passa entre a Floresta Ombrófila Densa
Colniza, Mato Grosso, Brasil
Foto de Marcelo Camargo, retirada do site agenciabrasil.ebc.com.br
Ilustração de uma Floresta Ombrófila Densa
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Ombrófila Densa de acordo com o relevo e altitude Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"

Floresta Ombrófila Aberta (Faciações da Floresta Ombrófila Densa)


A Floresta Ombrófila Aberta recebe o nome de Floresta Amazônica na Região Norte, Nordeste (Maranhão) e Centro Oeste (Mato Grosso).

Na região Norte, Nordeste e Centro Oeste ela está totalmente na zona tropical (temperaturas médias acimas de 25º C) e tem uma estação seca bem leve (acima de 2 meses). 
Floresta Ombrófila Aberta com Cipós
Brasnorte, Mato Grosso, Brasil
Foto de Luiz Alberto Dambrós, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"


Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Ombrófila Aberta
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Ombrófila Aberta de acordo com o relevo e altitude
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"

Floresta Estacional 

As Florestas Estacionais são chamadas de Floresta Amazônica na Região Norte e Mata Atlântica na Região Nordeste, Sudeste e Sul. No Centro Oeste, as Florestas Estacionais recebem o nome de Mata Seca. 

Florestas Estacionais e seus vários tipos: 

(1) Floresta Estacional Sempre-Verde (Floresta Estacional Perenifólia): as árvores da floresta ficam sempre verdes, mesmo na seca ou no frio. 
Floresta Estacional Sempre-Verde
São José do Ricardo, Mato Grosso, Brasil
Foto de Luiz Alberto Dambrós, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"

Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Estacional Sempre-Verde de acordo com o relevo e altitude
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"

(2) Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia): cerca de 20 a 50% das árvores da floresta perdem as folhas, seja por conta da seca (região Norte, Nordeste e Centro Oeste) ou por conta do frio (região Sudeste e Sul). 
Floresta Estacional Semidecidual
São José do Ricardo, Mato Grosso, Brasil
Foto de José Coelho de Araújo Filho
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Estacional Semidecidual de acordo com o relevo e altitude
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"

Diferente das regiões Norte, Sudeste e Sul, as Florestas do Nordeste e Centro Oeste possuem mais um tipo de Floresta Estacional. 

(3) Floresta Estacional Decidual (Floresta Tropical Caducifólia): mais de 50% das árvores da floresta perdem as folhas, seja por conta da seca ou por conta do frio. 
Floresta Estacional Decidual
Monte Alegre de Goiás, Goiás, Brasil
Foto de Ricardo Flores Haidar, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Estacional Decidual de acordo com o relevo e altitude
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"


Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Estacional
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"

Floresta Ombrófila Mista

A Floresta Ombrófila Mista recebe o nome de Mata Atlântica na região Sudeste e Sul. 

A Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucária) está mais localizada na região subtropical (Região Sul) mas também pode ser encontrada nas serras e planaltos da região Sudeste (ou seja, regiões que tem estação fria). É nessa floresta onde se tem as maiores ocorrências de gimnospermas aqui no Brasil. Os principais gêneros encontrados são, Drymis e Araucaria e Podocarpus. 
Floresta Ombrófila Mista no Parque das Araucárias
Apucarana, Paraná, Brasil
Fonte
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Floresta Ombrófila Mista de acordo com o relevo e altitude
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"

A Vegetação com Influência Marinha (Restingas) e Vegetação com Influência Fluviomarinha (Manguezal e Campos Salinos) estão incluídas no Bioma Mata Atlântica. 
Restinga Arbustiva no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba
São José do Barreto, Macaé, Rio de Janeiro
Foto de Halley Pacheco de Oliveira
Ilustração mostrando as Vegetações com Influência Marinha (Restingas) de acordo com o relevo e altitude
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"


Ilha de Boipeba
Cairu, Bahia, Brasil
Foto de Bibi/Gabriel de Faro, retirada do site bloggiramundo.com
Ilustração mostrando as Vegetações com Influência Fluviomarinha (Manguezal e Campos Salinos) de acordo com o relevo e altitude
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"

Os Gleissolos ocorrem em lugares muito úmidos e com relevo mais plano, geralmente ocupando depressões na paisagem que estão sujeitas a inundações. Isso significa que as Florestas onde se encontra os Gleissolos vão se enquadrar nas seguintes categorias: 

(1) Aluvial: são as florestas que estão localizadas nas regiões no entorno dos rios, que podem ficar alagadas o ano todo. Também poder ser encontradas em Terraços (Terraços são planícies de inundação bem antigas, que estão nas partes mais altas do relevo). As florestas localizadas nessas regiões recebem o nome de: (A) Floresta Ombrófila Densa Aluvial, (B) Floresta Ombrófila Aberta Aluvial, (C) Floresta Estacional [...] Aluvial e (D) Floresta Ombrófila Mista Aluvial

Nas regiões da Amazônia, essas florestas recebem os nomes de Mata de Igapó e Mata de Várzea, já nas demais regiões, essas florestas recebem o nome de Mata Ciliar, Floresta Ribeirinha. 

(2) Das Terras Baixas: são as florestas que estão localizadas em terraços, planícies e outras áreas planas que não alagam, mas que estão mais próximas dos rios. São as chamadas Matas de Terra Seca. As florestas localizadas nessas regiões recebem o nome de: (A) Floresta Ombrófila Densa das Terras Baixas, (B) Floresta Ombrófila Aberta das Terras Baixas e (C) Floresta Estacional [...] das Terras Baixas



Cerrado das Regiões Norte, Nordeste, Centro Oeste e Sudeste 
O nome Savana (Sabana, em espanhol) veio do termo indígena caribenho “Habana”, que era o nome indígena utilizado para chamar os conhecidos “Llanos” da Bacia do Orinoco, no norte da América do Sul (regiões com árvores e arbustos espalhados em campos cheios de gramíneas, que não formam uma mata fechada). 
As Savanas são encontradas na África, Ásia e Oceania, e aqui na América do Sul ela é conhecida (pelos Brasileiros) como Cerrado, mas também pode ser chamada de Tabuleiro, Agreste, Chapada (região Nordeste), Campina, Gerais (região sudeste) e Lavrado (região norte). 
No Brasil, o Cerrado ocupa mais de 2.000.000 km², o que representa mais de 23% do território Brasileiro. Ocorrem em altitudes que variam de 300 metros (Baixada Cuiabana em Mato Grosso), a mais de 1.600 metros (Chapada dos Veadeiros em Goiás). O Cerrado se localiza principalmente em áreas onde o inverno é seco (Junho, Julho e Agosto é o auge da seca) e o verão é chuvoso (Dezembro, Janeiro e Fevereiro é o auge das chuvas). 
No Brasil, o Cerrado pode ser encontrado na região Norte, principalmente no estado do Tocantins e em manchas nos estados do Amapá, Amazonas, Pará e Roraima. No Nordeste, em partes dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí. Na região Sudeste, principalmente no estado de Minas Gerais e parte de São Paulo. Na região Sul, apenas manchas minúsculas no estado do Paraná. Na região Centro Oeste, nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. 
No Distrito Federal, 100% da sua área é coberta pelo Cerrado. No estado de Goiás, 97% do estado é coberto pelo Cerrado, apenas 3% do estado é coberto pela Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica), que está localizada na região sudoeste do estado (Bacia Sedimentar do Paraná). Dos 246 municípios goianos, 26 têm ocorrência da Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica), sendo que os principais municípios são: Quirinópolis, Marzagão, Cachoeira Alta, Corumbaíba, Paranaiguara, Morrinhos, Santa Helena de Goiás, Inaciolândia, São Simão, Buriti Alegre, Água Limpa, Corumbaíba, Goiatuba e Araporã. 
Fora do Brasil, o Cerrado pode ser encontrado principalmente na Bolívia e no Paraguai. Na Colômbia, Guiana, Suriname e Venezuela, o Cerrado é chamado de Llanos. 
Vários tipos de vegetação (fitofisionomias) podem ser encontradas no Cerrado, desde aquelas mais Florestais (Cerradão) as mais Campestres (Campo Limpo). 

Campo Sujo (Savana Parque, segundo a nova classificação do IBGE de 2012)
Campo Sujo (em cima) e Floresta Estacional Aluvial (ao fundo) percorrendo o vale do Córrego Taquara, tributário do Lago Paranoá
Brasília, Distrito Federal, Brasil
Foto feita por Benedito da Silva Pereira, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"
(1) Vegetação: a vegetação é arbustiva (a maior partes das plantas são capins, mas tem muitos arbustos espalhados e algumas árvores isoladas). 

(2) Solo: solos pouco profundos e pobres em nutrientes. Normalmente ocorrem em Neossolos Quartzarênicos, Cambissolo e Plintossolos, mas também podem ocorrer em Gleissolos.  

(3) Fogo: pega fogo naturalmente (pega fogo com frequência). 

(4) Evolução (clímax): se o solo se desenvolver e a frequência do fogo diminuir, o Campo Sujo evolui para o Cerrado Sentido Restrito. 

(5) Altitude: os Campos Sujos que ocorrem em áreas de afloramento rochoso acima de 900 metros são considerados como um tipo de fitofisionomia dos Campos Rupestre. 

Campo Úmido 
Campo Úmido formado por Cyperus haspans e Buriti (Mauritia flexuosa)
Área localizada nas imediações do Parque Nacional de Brasília (PARNA-Brasília)
Brasília, Brasil
Fotos retiradas do projeto “Biodiversidade em áreas úmidas preservadas do Cerrado do Brasil Central: bacias do Paranoá e Rio Preto

Campo Úmido na Lagoa Henrique, área que está a mais de 930 metros de altitude
A área está localizada no Parque Nacional de Brasília (PARNA-Brasília)
Brasília, Brasil
Fotos retiradas do projeto “Biodiversidade em áreas úmidas preservadas do Cerrado do Brasil Central: bacias do Paranoá e Rio Preto
(1) Vegetação: a vegetação é normalmente herbácea (todas as plantas são capins, não tem árvores nem arbustos), mas pode ocorrer a presença da palmeira Buriti (Mauritia flexuosa). Quando essa palmeira ocorre, o Campo Úmido é chamado de Vereda, quando ela não ocorre, o Campo Úmido é chamado apenas de Brejo ou Pântano.

(2) Solo: solos encharcados na maior parte do ano (Gleissolos, Neossolos Flúvicos, Organossolos), com água ácida (pH 5) e temperaturas baixas (até 22ºC).

(3) Fogo: ausência de fogo (normalmente nunca pega fogo). 

(4) Evolução (clímax): Floresta Estacional [...] Aluvial (Mata Ciliar, Floresta Ribeirinha) ? Não se sabe ao certo. 

(5) Altitude: os Campos Úmidos que ocorrem em áreas de afloramento rochoso acima de 900 metros são considerados como um tipo de fitofisionomia dos Campos Rupestres.
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Savana (Cerrado)
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Savana (Cerrado) de acordo com o relevo e altitude
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"


Ilustração mostrando os diferentes tipos de Savana (Cerrado) de acordo com solo e o nível freático (lençol freático)
Ilustração retirada do livro "Cerrado: Ecologia, Biodiversidade e Conservação"

Pampas da Região Sul 

Pampas (Estepe, segundo a nova classificação do IBGE de 2012) 
Estepes no Planalto da Campanha Gaúcha
Santana do Livramento, Rio Grande do Sul, Brasil
Foto de G. Overbeck
São vegetações fortemente campestres da zona temperada, estão em áreas que tem uma estação chuvosa bem marcada, mas a chuva costuma cair ao longo de todo o ano. Os Pampas sul-americanos são exemplos de Estepes. 
Ocorre desde o Planalto das Araucárias; até as Superfícies meridionais gaúchas do Planalto Rio-Grandense, passando pelo Planalto da Campanha e da Depressão Central. 

Estepe Arborizada (Arbórea Aberta): a vegetação é composta por Arbustos, Cactos e Capins. Cactos e Capins estão situados em áreas de solo raso com ou sem afloramento rochoso, e os Arbustos em solos medianamente profundos. Os solos mais encontrados são Luvissolos, Chernossolos, Vertissolos, Cambissolos e Neossolos Litólicos. 

Estepe Parque (Campo Sujo ou Parkland): seria como o Campo Sujo do Cerrado, porém sem presença de árvores. A maior partes das plantas são capins, mas tem muitos arbustos espalhados. 

Estepe Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo): seria como o Campo Limpo do Cerrado. Vegetação herbácea (todas as plantas são capins, não tem árvores nem arbustos). Geralmente os solos são Neossolos Litólicos ou Neossolos Quartzarênicos. 

As Estepes associadas a planícies de inundação e lagoas costeiras (os famosos “Banhados”, que estão mais próximos do litoral) podem ter a formação de Gleissolos e Organossolos. 
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Estepe
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Estepe de acordo com o relevo e altitude na região da Campanha Gaúcha
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Estepe de acordo com o relevo e altitude na região do Brasil Meridional
Ilustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retiradas do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"
Ilustração mostrando os diferentes tipos de Estepe de acordo com o relevo e altitude na região do Uruguai
lustração feita por Veloso, Rangel Filho e Lima, retirada do "Manual Técnico da Vegetação Brasileira - IBGE"


Essa é apenas uma das 13 classes de solos, se você deseja ver as demais, é só dar uma olhada na minha outra publicação: "Solo, Terra e Substrato - Qual é a Diferença ?".

Comentários

Mais visitadas

Qual é o aquário ideal para o peixe Betta ???

Como cuidar de um Jabuti ???

Como fazer um cercado de cano PVC - Porquinho da índia

Diferentes Tipos de Plantas Epífitas e suas Adaptações

Entre em contato comigo

Nome

E-mail *

Mensagem *